Digno de pena

Digno de pena — justo você.
Digno de pena — tão você.
Cada maldito segundo em que os dias se enforcam;
cada maldade de sentir em vão.

Digno de pena, doutor!
Digno de pena, mané.
Não vês, néscio, as súplicas de um coitado?
Beócio sentimento já natimorto.

Digno de pena — fuja, desligue, ignore,
ó ogro do Pantanal.
Fuja, acorde
e encare o teu pecado capital!

De cócoras, espie pelas frestas que lhe convêm —
e deleite-se, finalmente!