Data vênia, veneno —
já sabes que és em mim.
Cada segundo desta vã vida
é líquido arterial,
fluido que me envenena a alma.
Na penumbra, um vulto:
nua, aparição etérea,
petricor de veneno d’alma.
Pesadelo de bem-querer,
fitohormônio do desejo,
sede do androceu,
cálice em valsa,
fonte da vida que me fere
e me alimenta.