Garota de olhos de amendoim,
de infinito no punho,
de lábios de mel —
obrigado pelo fim.
Garota de olhos de nanquim,
fruta de lobo,
aroma de mel da Jataí —
obrigado por se ir.
Jaz aqui um sincero sentimento,
jaz aqui a esperança do inédito;
mas a maldição incomensurável
levou-me, novamente, para a cova.
Coração pestilento, de usura e vícios;
coração dilacerado em vala comum.
Garota de olhos de amendoim,
de tornozelo real e alvo,
de olhar misterioso —
obrigado pelo fim.
Aqui jaz o broto de uma estrondosa árvore,
aqui jaz o mito de Iracema —
e nunca mais este eunuco coração
recordar-se-ia do timbre e do eco
de tua saudosa voz.