Distante dos meus sonhos, vive a ninfa,
misteriosa, celeste e angelical;
concede a valsa, ó deusa sem igual,
que em minha dor teu corpo se adivinha.
Suplico e vejo a sombra que me cega,
teu pólen d’ouro em brumas me devora;
a febre acende e a solidão implora:
por teu santuário minha alma segue.
Poderei beber-te a chama em tua boca?
Ou serei pó nas mãos da ingratidão,
enquanto a noite em trevas me sufoca?
Iracema! Veneno e perdição,
dá-me o néctar que a carne me provoca,
antes que o tempo extinga a paixão