Anéis de benzeno,
sexteto do sopro divino,
hexágono de Poimandres,
guardião da usura,
dialética cabalística,
corpus do três vezes, Ele —
da esmeraldina carbonífera,
do platô da perdição de Fawcett.
Oh, todo poderoso usurpador!
Oh, todo poderoso usurpador!
Nos vales dos mortos,
fizeste minha alma soprar neste corpus.
Arquitetaste toda esquizofrenia criadora,
recolhes-te da explosão da vida —
dos paquidérmicos seres que cintilulam,
rastejam, saltitam e tocam a face de Rá.
Cantá-lo-ei nas sombras do espelho
que seus raios beijam e adormecem.
Cantá-lo-ei, criatura escondida,
na face encardida do tudo-nada.
Oh, todo poderoso usurpador!
Oh, todo poderoso usurpador!
Empanturro os dias,
embriago-me de anéis de benzol,
enebrio minha quinta essência
ao prazer da carne e dos filhos de Abraão.
El de Asherah me levaste prisioneiro
ao covil de Baal e Yavé.
Na água límpida do fosso de Hamurabi,
bebeste minha ignorância e arrogância —
nas calcárias evidências de Dyzian,
nas grutas do Tibete,
dos mahatmas que nutrem minha esperança
de que, enfim, matéria orgânica
condense-se na sefirá de Keter!
Oh, todo poderoso usurpador!
Oh, todo poderoso usurpador!
Sublime-me, Sublime-me!
Nas memórias esquecidas,
adormecidas e reveladoras!