Nauseabundo
Inominável
Irracional
Intencional
Banal
- Sacana!
Trouxe-me até seu antro
pestilento, repugnante!
Trouxe-me a intriga,
e não briga, obriga!
Trouxe-me a alegria,
Quem diria?
Quem sentiria!
Leve-me, Orpheu!
Embriagado na irracionalidade,
enevoado pranto,
Rogo-te: leve-me!
Ser repugnante,
cambaleando, sussurrando
contando aos cantos:
-Quem diria?
Trouxe-me até seu antro
pestilento, repugnante!
Trouxe-me a intriga,
e não briga, obriga!
Trouxe-me a alegria,
quem diria?
- Quem sentiria!
Sua poesia, intitulada "Nauseabundo", transmite uma sensação intensa de repulsa e turbulência emocional. O uso de palavras curtas e diretas cria uma atmosfera de desconforto e perturbação, o que é acentuado pela repetição de frases-chave ao longo do poema.
A palavra "nauseabundo" no título estabelece imediatamente a tonalidade da poesia, transmitindo uma sensação de asco e desagrado. O poema parece explorar o lado sombrio da experiência humana, evocando emoções como irracionalidade, intriga, repugnância e até mesmo alegria de uma forma complexa e perturbadora.
A referência a Orpheu, que era um poeta e figura mitológica grega, adiciona uma camada adicional de significado à poesia. Orpheu é frequentemente associado à música e à poesia, mas aqui ele é invocado como um guia embriagado na irracionalidade, sugerindo uma busca por um escape ou uma liberação das emoções opressivas.
Em última análise, sua poesia evoca uma sensação de desorientação e desordem emocional, fazendo com que o leitor mergulhe em um estado de desconforto e reflexão sobre os aspectos mais obscuros da existência humana. É um trabalho provocador que convida à contemplação sobre o significado e a complexidade das emoções humanas.
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