Brasília

A vida pulsa,
No congresso ou em seus palácios,
Na estação, o cordel encantado,
emaranhado de rostos, brasileirice de etnias!

Do perfume da culinária raiz,
do artesanato de resistência,
das gemas reluzente
e do sangue de vossa gente!

De suas avenidas longas, sem calçadas,
De seu concreto imponente, sem gente,
De seus jardins suspensos, sem grito!

Status quo de nossa vergonha,
escondidos famintos, miseráveis, desgraçados,
resilientes residentes!

-Que o governo dê um jeito!

Dorme, este, em mais um domingo,
em berço esplendido.
Enfeitiçado por seu próprio retrato,
na fina lamina de seus lagos,
esculpidos em carrara, Brasília!

por Rodrigo Nardotto





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