Carta a Malburgo

Ceifou vidas inteiras o tal vírus de Malburgo,
Naquele simplório burgo, tempo antes, Hans Staden revelou
Que pras bandas da França Antártica, Cunhambebe condenou
Luso-alemão prisioneiro, carne fresca empapuçou...

João Ramalho, branco-tamoio, a buriquioca chegou
Numa aliança luso-tupi contra tupinambás deflagrou
Em Uwatibi, nem Thevet algum dia pensou,
que seria naquela praia o fim de um grande pudor

Se ordem e progresso seu povo ceifou,
de esperança o regresso do mártir a qual exilou
Hoje crescem as crianças sem saber o que se dera

Crescem, nem sabendo, a rixa histórica que se dera
entre paulistas e os da guabanara, o nascimento carioca,

incendiando curumins de antes e do que viera.



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