Trova dançante

A cada riso, um pranto
A cada pranto, espanto!
O controle é incontrolável
Sua posse, insaciável!

A cada sílaba, um canto
A cada canto, quantos?
Azuis que invadem a rotina
Como uma ave de rapina, serena e tranquila...

A tranquilidade logo foi embora
A musa-dançante sumiu da trova
E a dor de quem espera, a contraprova

Teve que sair, mundo afora
Ao louco as rimas e trova
Da inservível que lhe adora.



(ARCHANGELO, A. Ápeiron, Ed. Buriti, 2019)



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