Esclerótica Côncava

Calma, aprenda a sentir os anis anestésicos.
Licorosos e espumantes pensamentos, Orpheu!
Nega-te! Negue sua ilusória existência!

Fingirá, então, a dialética demagógica, além do Olimpo.
Pois remará em remansos, morrerá no Aqueronte em prantos!
E ficará pasmo ao tocar sem nenhum tipo de encanto,

A inédita reprise desse canto!


(ARCHANGELO, A. Ápeiron, Ed. Buriti, 2019)


Interpretação do século XIX da travessia de Caronte, por Alexander Litovchenko.

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