Guerras vãs

Não há o tempo;
Há discórdia!

Conflitos de interesses;
Discussões e barbárie...

Por fim, a fome não flagela;
O sonho te condena!

A liberdade lhe aprisiona;
O tempo perdoa...

Tua chaga rememorada;
Tua sina, de perdedor!

Vis feridas;
Rasgam-lhe a hipoderme;
Mesclam alívio e dor!

No dia que o mundo virar mundo;
O tempo virará tempo;
O amor será amor...
Enfim a paz!

Não haverá como dizer,
naquele dia,
que o tempo causa
tua vã guerra!


(ARCHANGELO, A. Ápeiron, Ed. Buriti, 2019)


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