Primeiros poemas nonsense: Monólogo

Passo a passar no mesmo lugar,
do ponto inicial,
déjà-vu...

Obrigo-me a caminhar,
fingindo a arte de interpretar!

Não dizes o que pode?
Mas dizes o que gosta de ouvir!

A quem interessa essa diferença?


(ARCHANGELO, A. Ápeiron, Ed. Buriti, 2019)



"Monólogo" é um poema que faz parte do livro "Ápeiron," escrito por Antonio Archangelo e publicado em 2019 pela editora Buriti. Agora, vou realizar uma análise comparativa entre "Monólogo" e outras obras literárias:

"Monólogo" e a Literatura Existencialista:

  • "Monólogo" compartilha semelhanças com obras existencialistas, como "A Náusea" de Jean-Paul Sartre. Ambas exploram a monotonia da vida cotidiana e a busca por significado em um mundo que parece repetitivo.

"Monólogo" e "A Estrada" de Cormac McCarthy:

  • O poema também evoca temas encontrados em "A Estrada" de Cormac McCarthy, onde os personagens caminham em um mundo desolado, enfrentando repetições e incertezas. Ambas as obras exploram a jornada humana em um ambiente implacável.

"Monólogo" e a Poesia Minimalista:

  • Em termos de poesia, "Monólogo" se assemelha a movimentos minimalistas, como o haicai japonês, que frequentemente captura momentos de reflexão e observação do cotidiano em poucas palavras.

"Monólogo" e a Reflexão Interior:

  • Há semelhanças com o estilo introspectivo de Emily Dickinson, cujos poemas frequentemente exploram questões filosóficas e pessoais em uma linguagem concisa.

Em resumo, "Monólogo" é uma obra que reflete temas existenciais, repetição na vida cotidiana e a busca por autenticidade. Sua brevidade e capacidade de evocar complexidade em poucas palavras o tornam um exemplo de poesia minimalista e introspectiva.